Todos nós somos naturalmente contadores de histórias.

Mesmo que você ache que não tem uma boa história para contar, pense em uma situação simples, quando encontramos um amigo ao chegar ao trabalho e o cumprimentamos. Ele pergunta se está tudo bem e como estão as coisas.

Naturalmente, quase instintivamente, somos levados a contar uma pequena história. Curta e interessante. Pode ser sobre o novo projeto que estamos desenvolvendo, como foi nosso trajeto até a empresa ou mesmo o jogo de futebol de ontem à noite.

Histórias curtas e interessantes criam valor, conexão e motivam. Imediatamente a outra pessoa devolve com uma outra história e assim por diante.

Por que será que na hora de fazermos uma apresentação não utilizamos esse poderoso recurso? Descrevemos quase literalmente cada slide individualmente, praticamente sem fluxo, sem conexão entre eles, de forma fria e sem graça.

Além disso ficamos parados diante da plateia, usando muito pouco os recursos de linguagem não verbal que utilizamos com nosso amigo que encontramos pela manhã (gestos com as mãos, movimentos faciais etc…).

É importante durante sua apresentação passar emoção, entusiasmo, afinal de contas é hora de mostrar que você acredita naquilo que está falando, e os gestos contribuem muito para isso, dando ênfase em alguns momentos, recuando em outros, ajudando a dar ritmo e guiar a narrativa.

Outra forma de manter a atenção das pessoas é utilizando de forma correta sua voz. Fale com energia, motivado, mas procure variar o tom, dando um “colorido” a ela.

Na comunicação tradicional cada área do cérebro trabalha de forma independente.
Com o recurso de storytelling (quando contamos uma história) utilizamos todos os campos, o que é muito mais eficaz. Fazemos alusão a cores, sons, movimentos, aumentando a nossa atividade cerebral e consequentemente a memorização.

Lembre-se: dados e números apenas não conectam! As informações podem se melhor compreendidas através de histórias.

Estas também são planejadas e ensaiadas, por mais que na hora pareça improviso. Estar bem ensaiado passa confiança, dá segurança e ajuda a evitar – um pouco – aquele frio na barriga antes de subir ao palco.

Mostre um pensamento organizado e passe credibilidade. Enfim… convença as pessoas daquilo que você quer!

Falar bem em público é treinamento. As pessoas não nascem prontas, inclusive quando pequenos somos ensinados a falar. Portanto habilidades podem ser desenvolvidas. Estude, desenvolva técnicas e ensaie.

Todos temos uma boa história para contar. Então mãos à obra, afinal de contas, você faz a diferença!