Muito se fala sobre a quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0. Vivemos a época da transformação digital e sentimos os efeitos da automação, da robótica e da inteligência artificial nos meios de produção e na nossa vida.

Mas e as apresentações? Como elas estão hoje em relação à novas tecnologias?

Antes, vamos ver como tudo começou, como eram as “Apresentações 1.0”.

Século XIX

As tecnologias de comunicação para apresentações são o resultado de uma evolução histórica que teve um grande impulso a partir do século XIX com a invenção da fotografia.

A primeira foto de que se tem registro foi tirada na França em 1826 por Joseph Niépce. Décadas depois, no mesmo país, seria feito o primeiro filme. Foi um passo para que os irmãos Auguste e Louis Lumière inventassem o cinematógrafo, e em 28 de dezembro de 1895 fizessem a primeira exibição pública do invento.

Vocês já sabem a revolução que a criação dessas duas invenções – fotografia e cinema – provocariam no futuro. Instagram e Youtube não nos deixam mentir.

Século XX

Já no século XX, com o aperfeiçoamento da produção em escala e novas invenções como os retroprojetores e os projetores da Kodak (patenteados em 1965 e muito populares a partir de 1970), os equipamentos para apresentações chegaram nas escolas, universidades e também na casa das pessoas.

O início da produção de PCs para o grande público (leia-se Microsoft e Apple) aconteceu ainda nos anos 70 e explodiu na década seguinte, cumprindo a profecia de Bill Gates que previa “um computador em cada mesa de trabalho e em cada casa”.

Daí foi um pulo para a criação de uma ferramenta exclusiva para apresentações: o PowerPoint.

Robert Gaskins e Dennis Austin lançam em 1987 a primeira versão do programa. Originalmente, o PowerPoint foi desenvolvido para ser um aplicativo dos computadores da Apple e só depois foi disponibilizado para o sistema operacional Windows.

Agora estava tudo reunido: os componentes eletrônicos do computador pessoal tinham som, imagem, vídeo e estavam conectado à internet.

Lembrando também que nos anos 80 inicia-se o crescimento do uso de aparelhos de telefone celular – hoje smartphones, praticamente um computador de bolso que até serve para tefonarmos!

Século XXI

Chegamos então ao século XXI, quando vemos o surgimento do Second Life, o ambiente virtual e tridimensional que simula a vida real e social do ser humano através da interação entre avatares.

Os velhos óculos 3D dão lugar aos óculos de realidade virtual, que ganha nova força através do metaverso – a simulação de um mundo que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. Um espaço coletivo e compartilhado, constituído pela soma de realidade virtual, realidade aumentada e internet.

Momento atual

E no momento atual? Usamos todos os recursos disponíveis sem perceber. As pessoas estão cada vez mais conectadas, os smartphones mais rápidos, e as conexões melhores. O Google Apresentações, criador de apresentações online, possibilitou editar simultaneamente (em tempo real) uma apresentação na nuvem.

As apresentações presenciais foram em boa parte substituídas pelas apresentações remotas. Trabalhamos com a interconexão entre vários recursos criados anteriormente. A tecnologia avançou muito e temos uma nova geração já acostumada com a presença digital.

A indústria do entretenimento através dos games soube se aproveitar muito bem de tudo isso e desenvolveu jogos que são verdadeiras experiências digitais de imersão.

Veja aqui a força dessa indústria na cerimônia de abertura do “League of Legends World Championship” em Beijing, China:

Muitos desses recursos já estão disponíveis para você utilizar em sua apresentação. Elas continuam em evolução seguindo os passos da inovação, se utilizando dos mais variados recursos tecnológicos disponíveis para oferecer o que há de melhor em termos de impacto áudio-visual-cinestésico. Com criatividade e bom senso, as soluções são ilimitadas.

Mas além da tecnologia, lembre que sua audiência quer autenticidade, verdade, e acima de tudo, gosta de ouvir boas histórias.

A tecnologia pode ajudar a entreter, colaborar com nosso aprendizado, aumentar nossa produtividade e criar novas conexões através de uma comunicação melhor.

No final o foco são as pessoas, o fator humano. É preciso sempre olhar para a frente, estar antenado às inovações, e entender que as pessoas gostam de novidades. As tecnologias vão e vem, mas as histórias envolventes e emocionantes nunca morrem.